segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Jeito de Mato

"De onde é que vem esses olhos tão tristes? Vem da campina onde o sol se deita. Do regalo de terra que o teu dorso ajeita e dorme serena, no sereno sonha. De onde é que salta essa voz tão risonha? Da chuva que teima, mas o céu rejeita. Do mato, do medo, da perda tristonha, mas, que o sol resgata, arde e deleita. Há uma estrada de pedra que passa na fazenda. É teu destino, é tua senda, onde nascem tuas canções. As tempestades do tempo que marcam tua história. Fogo que queima na memória e acende os corações. Sim, dos teus pés na terra nascem flores. A tua voz macia aplaca as dores e espalha cores vivas pelo ar. Sim, dos teus olhos saem cachoeiras, sete lagoas, mel e brincadeiras, espumas ondas, águas do teu mar."

                                                                    (Paula Fernandes e  Maurício Santini)